Em um projeto de design comercial, a hierarquia dos elementos deve ser criada a partir dos objetivos definidos para o negócio. Afinal, a informação visual providenciada pelo espaço está sempre sujeita a uma interpretação individual, sendo da responsabilidade do projetista garantir que esta é compreendida da forma desejada. Claro que, neste processo, também é importante levar em conta as preferências do proprietário e as exigências do segmento de negócio em questão. No entanto, para que o efeito do design comercial seja significativo, é importante que todos os elementos que compõe o ponto de venda estejam interligados e em sintonia com a identidade visual da marca. Desde a cor utilizada nas paredes ao design do mobiliário. Descubra, neste artigo, como direcionar o consumidor para a compra, estudando a forma como a cor é introduzida no espaço!
Psicologia das cores: por que razão é tão importante?
Em “Teoria das Cores”, Jonhann Goethe descreve a forma como a cor é percebida em diversas circunstâncias. Nesta obra, o autor afirma que, dependendo do olhar, a cor pode ganhar diferentes graus de influência. Afinal, sua perceção é sempre moldada pela idade, sexo, experiência, contexto e preferência pessoal de quem observa.
No entanto, determinadas associações são universais e comumente aceites. Por exemplo, imagine a cor azul. Qual é sua primeira associação? Provavelmente o céu. Ora, segundo a dita a psicologia das cores, o azul é a cor responsável por transmitir sensações de tranquilidade, harmonia e calma. E isto não acontece por acaso. A psicologia das cores nos ajuda precisamente a entender que associações e/ou emoções determinadas cores evocam na maioria das pessoas. Informação particularmente importante para a conceção de um bom projeto comercial.
Como escolher o esquema de cores ideal?
Naturalmente, diferentes combinações de cores dão origem a diferentes resultados. Por exemplo, cores quentes e cores frias tendem a produzir reações psicológicas opostas. Um espaço ordenado por um esquema de cores quentes ajuda a “aquecer” os clientes, encorajando decisões impulsivas e compras não planeadas. As cores frias, em contrapartida, encorajam o consumidor a refletir. No entanto, são cores calmantes que ajudam as equipas de trabalho a evitar conflitos, reduzindo seus níveis stress e irritação.
Veja só o exemplo deste pequeno restaurante localizado em Guangdong na China. Neste espaço, o amarelo transmite sensações de alegria e diversão, exprimindo as componentes sociais e humanas da marca. Se trata de uma escolha ousada que cativa a atenção dos visitantes e contribui para o reconhecimento da marca. Confira:
Como criar contraste sem gerar fatiga ocular?
No design comercial, as cores devem ser escolhidas para acentuar em vez de se anular mutuamente. Isto porque, ambiente internos caracterizados por um alto contraste de cores tendem a gerar fatiga ocular, criando obstáculos à concentração. Como tal, os contrastes devem ser cuidadosamente planeados para chamar a atenção do consumidor, já que nenhum contraste pode ser tão mau quanto demasiado. Portanto, deve utilizar a cor para melhorar a qualidade estética do espaço, estabelecendo variações entre tom e brilho. Por exemplo, espaços com alto contraste têm tipicamente menos detalhes enquanto espaços de baixo contraste possuem elementos individuais mais visíveis. Veja só este exemplo do Estudio ALA:
Como tirar partido da cor para mudar a perceção física do espaço?
Finalmente, a cor também pode ser usada para ajustar visualmente o volume do espaço, fazendo-o parecer maior ou menor do que realmente é. Ou seja, as cores frias causam uma ilusão de distanciamento e amplitude, enquanto as cores quentes provocam uma sensação de proximidade e aconchego. Realidade que se repete quando o tema é a “altura do espaço”. Isto é, quanto a cor do teto ou do pavimento é mais escura que a cor das paredes, o espaço tende a parecer mais acolhedor do que é e vice-versa. Repare só no exemplo da Lunet Flagship Store. Um espaço comercial “dominado pela intensa cor do chão” e projetado pelos talentosos profissionais do estúdio de arquitetura Bogdan Ciocodeică. Aqui, o azul ajuda a criar uma estética contemporânea, favorecendo uma sensação de serenidade e segurança. Um estímulo visual reproduzido para tornar este espaço mais aconchegante, sem lhe retirar frescura e luminosidade.
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