O objetivo final da arquitetura comercial é criar uma experiência de compra personalizada, envolvente e inesquecível. Por isso, o arquiteto deve orientar a jornada do cliente, deste do primeiro momento. Ou seja, é sua tarefa transmitir os valores da marca e atrair potenciais clientes através da projeção de uma fachada comercial verdadeiramente memorável.
No entanto, a abordagem ao projeto difere de acordo com o tipo de negócio. Na clássica loja de rua, por exemplo, o espaço arquitetónico deve ter um aspeto original, sendo imediatamente reconhecível pelo seu público-alvo. No fundo, deve criar um autêntico outdoor da filosofia da marca, onde todos os detalhes contam uma história, desde o posicionamento da iluminação até ao design dos puxadores.
Para se tornar o ponto alto, a sua fachada comercial deve combinar diferentes materiais, cores e formas para dar ao edifício um aspeto moderno e inovador. O seu revestimento deve expressar o seu posicionamento no mercado. Por exemplo, na fachada comercial da Thistle Foundation foi utilizado um impressionante revestimento de madeira para criar um exterior caloroso e amigável. Uma forma eficaz de transmitir os valores da marca, sem sobrecarregar os transeuntes com demasiada informação visual.
Por outro lado, na fachada comercial do Sound Community Bank, fixada na cidade de Port Angeles, nos Estados Unidos, foi utilizada uma combinação de perfis de madeira e folhas de aço galvanizado para criar um aspeto intemporal que não deixa ninguém indiferente, misturando toques industriais com um vestígio de tradição.
Fachada comercial: considere a localização da sua loja!
Na projeção de uma fachada comercial, deve também considerar a localização da loja. Isto é, nem todas as fachadas comerciais podem ser “enormes edifícios art-decô”, como as icónicas lojas do McDonald’s dos anos 60. Em muitos casos, o arquiteto tem de lidar com restrições ligadas à conservação de edifícios históricos, forçado a respeitar a coerência arquitetónica da zona. O que significa que o seu espaço de manobra é limitado, mas não inexistente.
Nestas situações, o arquiteto deve concentrar os seus esforços na preservação do património cultural imortalizado pela fachada, direcionando toda a sua criatividade para a vitrine. Ou seja, para além de encontrar soluções adequadas para a reparação de danos estruturais, como formação de fissuras, quebras ou deslocamento de tijolos, deve pensar na vitrine como uma espécie de instrumento publicitário.
Mesmo que a fachada tenha de se misturar discretamente com a paisagem, a exposição de produtos deve dar uma impressão atraente do negócio. Aqui, é bom levar em conta as tendências atuais e o design sazonal, sendo o produto ou serviço o foco principal da projeção. Isto é, a vitrine não deve apenas expor os produtos de forma lúdica, mas também conduzir a um aumento nas vendas, transmitindo uma boa primeira impressão e servindo como cartão de visita do negócio. Nas glamorosas ruas de Paris, por exemplo, a fachada comercial da luxuosa marca de roupa e acessórios de moda Dior, é um vislumbre de discrição e bom gosto. Perfeitamente inserida no contexto circundante, esta fachada comercial distingue-se pela sua simplicidade, ostentando um logo perfeitamente legível.
Já o projeto da fachada comercial da icónica marca italiana – Max Mara – passou por manter a integridade histórica do edifício neoclássico da famosa Madison Avenue, utilizando somente um plano de iluminação meticulosamente pensado para atrair a atenção dos clientes.
Pense diferente!
Finalmente, no que diz respeito aos pontos de venda localizados em grandes centros comerciais, a necessidade primária, além de comunicar a identidade da marca, é também se destacar de outros espaços comerciais e fazer sobressair a sua própria personalidade. Atualmente, projetar uma boa fachada comercial significa também pensar em espaços adequados para a instalação de equipamento digital e tecnológico. Quanto mais digital for a fachada do seu ponto de venda, tanto mais fácil será o seu reconhecimento. O uso de vitrines “inteligentes”, por exemplo, ajuda a captar a atenção dos clientes e a se distinguir da concorrência. Desta forma, pode usar a tecnologia para servir os objetivos da marca e oferecer um valor adicional à experiência de compra de cada um dos seus visitantes.
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