Quando chega a hora de projetar um ambiente comercial, o arquiteto deve sempre considerar um conjunto de fatores com influência sobre os recetores sensoriais do consumidor. E um desses fatores é – sem dúvida – a iluminação. A habilidade de comunicar com o consumidor através do design é um importante fator de diferenciação da marca, seja qual for o setor de atividade. Afinal, não há canal de comunicação mais eficaz que o visual. Descubra tudo, neste artigo!
Como criar um esquema de iluminação adequado?
Com a iluminação certa, o arquiteto conseguirá que os consumidores fiquem mais tempo no espaço, aumentando consideravelmente o número de vendas. Por outro lado, iluminação barata, pouco atraente e fraca pode reduzir o valor do produto ou do serviço prestado, influenciando negativamente a perceção do consumidor. Por isso mesmo, hoje deixo algumas dicas para que você possa definir a direção do projeto luminotécnico, de forma informada:
Preste atenção à cor e intensidade da luz
Para criar um esquema de iluminação adequado em espaços comerciais, é necessário bem mais que escolher um conjunto de luminárias apelativas. É preciso pensar na psicologia do consumidor e compreender a importância do seu humor na tomada de decisão. Um estado emocional positivo conduz a decisões mais rápidas e assertivas. Um aspeto onde a cor e intensidade da iluminação do espaço tem influência direta.
O amarelo, por exemplo, é uma cor clássica em espaços comerciais e por boa razão. Trata-se de uma cor que alivia o cansaço e a sonolência, gerando alegria e bem-estar. Por outro lado, a luz branca estimula a iniciativa e a eficiência operacional das equipes de trabalho, razão pela qual é tão utilizada em projeto de arquitetura comercial.
Por outro lado, é importante reconhecer os diferentes efeitos da iluminação, destacando os três principais: difusa, direta e indireta.
A iluminação difusa é geralmente uniforme e suave, refletida a partir do teto ou das paredes. Ela intende iluminar todo o espaço, produzindo algumas sombras ou reflexos. Este tipo de luz artificial ajuda a criar o ambiente geral do espaço, definindo a sua atmosfera.
Em oposição, a iluminação direta incide diretamente em um ponto do espaço, enquanto a luz indireta é habitualmente utilizada para fins de iluminação ambiente. Esta última pode também ser utilizada para quebrar a dureza geral da iluminação direta, equilibrando a atmosfera do ambiente comercial.
Comunique com seu público-alvo
Está na hora de pensar no seu público-alvo! Por exemplo, geralmente, marcas de luxo comunicam através de uma iluminação confortável e suave, com iluminação de acentuação direcionada para peças exclusivas. Isto ajuda a captar a atenção do consumidor e orientá-lo na direção certa. Por outro lado, em lojas cujo consumidor é mais jovem e arrojado, a iluminação tende a ser mais brilhante.
Nestes espaços, é natural encontrar muita iluminação ambiente para elevar o estado de espírito do consumidor e incentivar a compra. Da mesma forma, iluminação de orientação, formanda por linhas de luz led ou focos embutidos, ajuda a construir uma rota de vendas eficaz, envolvendo o consumidor na atmosfera da loja.
Assim, valerá a pena lembrar que a maioria dos projetos comerciais conta com uma mistura de luminárias que executam diferentes funções. Por exemplo, neste projeto da SuperLimão Studio, o escopo da iluminação é super variado, conjugando diferente fontes de luz para conferir interesse visual ao espaço. Em esta “concept store”, os provadores contam com uma “projeção cenográfica”, com iluminação difusa e apontamentos de luz direta. Confira:
Considere estética e funcionalidade
No design de espaços comerciais, é importante saber distinguir entre iluminação decorativa e iluminação funcional. As fontes de luz decorativas funcionam geralmente como peças de decoração. Elas contam com uma baixa intensidade no que respeita seu fluxo luminoso, mas são esteticamente agradáveis, conferindo interesse ao espaço. Por outro lado, a iluminação funcional é instalada para servir um propósito em específico, auxiliando consumidores e funcionários nas suas respetivas atividades.
Hoje em dia, a ênfase não está apenas na funcionalidade, mas na estética e facilidade de instalação das luminárias. Isto explica o aspeto brutalista de algumas luminárias instaladas em pontos de venda como restaurantes ou barbearias. Basta olhar para este projeto assinado pelos talentosos profissionais da MRDK, renomada empresa de arquitetura canadiana. Aqui, as fontes de luz artificial moldam a composição do ambiente, acentuando as vitrinas para chamar a atenção dos transeuntes para o seu interior. Luminárias de latão e um letreiro néon atraente e alternativo ajudam a fixar o conceito do espaço, relevando a sua história e exclusividade. Veja só:
Em contrapartida, no setor retalhista, os layouts modernos caracterizam-se cada vez mais por tetos altos e espaços amplos. O que faz com que a iluminação geral do espaço seja forte e brilhante, permitindo ao consumidor ver claramente as peças expostas e as informações nas etiquetas. Repare só no projeto da Asketik Studio, assinado pelo designer russo Maxim Maximov. Na nova loja da Camper, a prioridade foi a funcionalidade. Aqui, a iluminação cria uma atmosfera industrial, aumentando o apelo estético do espaço e a sua eficácia comercial.
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